Outra Vida
A escultura traz uma ideia central que é a de reconstrução. A mãe com a criança representa uma nova vida, mas não no sentido de ela gerar a uma nova vida, mas sim de ela, a mãe, desconstruir diversas concepções e então adquirir novos conhecimentos nesse novo ciclo. Este momento reflete muito a vida de todos, pois diversas vezes, precisamos nos reconstruir, abdicar de coisas que nos dão ou não a sensação de alegria e buscar, por nós mesmos, um sentido para a vida que esteja de acordo com o que acreditamos de fato e não apenas ao que nos mostram como sendo o correto.
A fênix tem um significado muito intenso e o primordial é a de que ela renasce das próprias cinzas. Utilizando esse conceito para o real, isso se torna muito significativo, pois às vezes precisamos passar por situações que nos levam ao nível mais baixo de energia para nos reconstruirmos. Não necessariamente viver situações complexas sejam ruins, se aprendermos a enxergar o plano na sua totalidade e buscarmos uma nova vida, então a verdadeira mudança virá.
O símbolo do Ethereum simboliza essa nova oportunidade, pois algo que se seguiria por um caminho mais longo e, talvez, com mais obstáculos, se tornou possível de fato. O mercado descentralizado e oportunidade de o próprio artista deter todo o direito sobre seu próprio trabalho para poder colocá-lo no mercado e valorizá-lo como acredita que deva ser, é uma mudança incrível e uma oportunidade única.
De forma simples, a árvore representa vida que os sustenta os demais elementos da peça, além de seus galhos representarem as infinitas possibilidades de mudança. Já o rio que está inserido na árvore vem para nos falar sobre o fluxo da vida, que é ao mesmo tempo leve e forte, calmo e turbulento.
Por fim, outra vida não é a morte em si, mas sim a verdadeira mudança e viveremos várias outras vidas até o nosso último suspiro.
“Outra vida”, 2021
Resolução do Vídeo: 1080×1350
Sculpido por Fábio Nishikata